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segunda-feira, março 08, 2010

Voo de galinha - Totó Schillaci 

Muito se falou sobre a questionável e provável ausência de Ronaldinho Gaúcho no mundial da África do Sul. A favor da exclusão do (ex?)craque milanista, pesa o argumento da coerência de Dunga. Afinal, o grupo já estaria fechado, suspeita reforçada pelas declarações do treinador após o amistoso contra a Irlanda, último antes da convocação final. Ao que tudo indica, porta está fechada.

Esperança, Ronaldinho, pode haver luz no fim do túnel. 20 anos atrás um homem chamado Salvatore Schillaci fez sua primeira partida pela seleção italiana em 31 de março. Ou seja, 69 dias antes da abertura da Copa da Itália. Não satisfeito com a convocação meteórica, “Totó” gravou seu nome na história dos mundiais ao sagrar-se artilheiro do torneio. Podia até não ser o homem certo, mas estava no lugar certo, na hora certa.

Nascido e criado no bairro pobre de San Giovanni Apostolo, em Palermo, Schillaci iniciou sua empreitada futebolística no amador Amat. Em 82, então com 17 anos, assinou seu primeiro contrato profissional com o Messina. E lá permaneceu, acreditem ou não, pelas 7 temporadas seguintes, aventurando-se pelas séries B e C da bota. Com isso tornou-se o jogador com maior número de partidas na história do clube. Nada muito notório.

Caminhava fortemente para o anonimato, quando transferiu-se em 89 para a Juve. Estreou na série A pouco mais de 9 meses antes da Copa. Clube novo, vida nova. Pela Juve, Shillaci desandou a fazer gols (15) e ganhou a Copa da Itália e a Copa da UEFA, convencendo Azeglio Vicini a convocá-lo para o mundial. Era a chance de sua vida.

E Totó agarrou-a como poucos. Aproveitando-se do mau momento de Viali e da infertilidade do ataque italiano, ele substituiu Carnevale aos 36 do segundo tempo da estreia contra a Austria e precisou de apenas dois minutos para marcar o gol da vitória. Atuando como titular, marcou contra a Tchecoslovaquia na terceira rodada e contra o Uruguai nas oitavas, este o mais belo dos gols que fez na Copa.

Nas quartas, novo gol contra a Irlanda. Graças a isso, anos depois Totó atuaria em uma propoaganda para uma famosa cerveja irlandesa.O comercial remetia ao gol de Totó e à vitória irlandesa contra a Itália na Copa seguinte.

Com gols decisivos contra Argentina (semifinal) e Inglaterra (disputa de 3º lugar), Schillaci levou pra casa a chuteira de ouro da FIFA e encerrou o mês mais sensacional de sua vida (muitos italianos se referem à Copa de 90 como “as noites mágicas de Totó Schillaci”). Seu sucesso foi tão efêmero que o jogador carrega a inusitada marca de sete gols pela seleção nacional, seis deles durante uma Copa do Mundo. Por pouco não se tornou o heroi de um titulo italiano em casa.

Após seus 30 dias de Cinderela, atuou por mais uma temporada pela Juve antes de se transferir para a Inter, onde jogou por dois anos, sem brilho. Decidiu então cruzar o mundo e transformou-se em “Toto-San”, o primeiro italiano a disputar a J-League. Foi ídolo do Júbilo Iwata durante quatro temporadas. Dono de uma estrela rara, encerrou sua carreira (que pela fugacidade lembra um voo de galinha) em 1999.

Hoje Totó é dono de uma escolinha de futebol em Palermo e apresenta um programa esportivo na RAI. Em 2004 voltou aos holofotes ao participar do reality show L'isola dei famosi.

Salvatore Schillaci


Data de Nascimento: 01/12/1964

Local de Nascimento: Palermo, Itália<>
Clubes que defendeu:

1982-1989: Messina-ITA

1989-1992: Juventus-ITA

1992-1994: Inter de Milão-ITA

1994-1998: Jubilo Iwata-JAP
Principais títulos:
- Copa UEFA (1990)
- Copa da Itália (1990)
- 3o lugar na Copa do Mundo (1990)

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